segunda-feira, 30 de maio de 2011

Texto de abertura da 1º Edição do jornal escolar ''Outras Conversas''

            

Só a educação não transforma a sociedade, mas tampouco a sociedade muda sem ela.  

(Paulo freire)

              Nos dias de hoje, somos vítimas e espectadores de uma total decadência social:
fome, drogas, corrupção, violência, miséria, alienação, ignorância, aquecimento global, opressão, englobam o cárcere das sociedades modernas.
             O Homo sapiens sapiens avançou muito em termos tecnológicos, mas construímos uma sociedade cruel, perversa e alienante.
             O homem com sua incontrolável sede de poder é responsável pela construção de uma sociedade que supervaloriza as mercadorias, o dinheiro e o lucro. Uma sociedade fetichista, que aliena o homem, domestica-o, ‘’coisifica-o’’, tornando-o nada mais que um mero instrumento para enriquecer.
            Nesse sentido, é notória a importância e a necessidade da educação, como sendo o pilar norteador no processo de transformação do homem alienado moderno, em um novo homem capaz de intervir no meio em que vive.
            Infelizmente o ambiente escolar, mesmo sendo o principal formador de seres críticos, está se submetendo ao modelo de educação mercantilizada e precária, propagada por políticas dominantes, que não visam e nem querem a formação de cidadãos conscientes de seus direitos. E o que torna a situação ainda mais alarmante é saber que tais políticas, estão tornando os profissionais mais importantes da sociedade em escravos do sistema, e os alunos, em cidadãos alienados e despreparados, que já não veem a escola como a saída da acomodação que o sistema lhes impôs.
             Estamos formando crianças e jovens que consideram a escola como sendo um ambiente que não exerce influência alguma nas suas vidas.
Sendo assim, é mais que necessário conscientizar alunos, professores, meio escolar e a sociedade em geral, para que estes voltem a ver na educação o ponto de partida para se obter uma verdadeira liberdade.
              É preciso voltar a enxergar a educação como sendo algo extremamente importante para conseguirmos enfim, arrebentar as grades que prendem a razão e a verdade humana.
A educação, como importante arma da luta popular, é o melhor e único caminho que devemos buscar para realmente mudar o destino sombrio em que se encontra destinada a nossa sociedade.
              A humanidade mais do que nunca precisa ter livros nas mãos, precisa educar, precisa conhecer a verdade. Só assim poderemos atuar significativamente no meio social, só assim o homem poderá ser verdadeiramente livre, só assim ele deixará de ser sujeito da sua própria ignorância, para ser sujeito e protagonista da sua própria história, enquanto ser político, familiar e social.
             Sem dúvida a metamorfose da sociedade se dá num processo contínuo, assim como não poderemos transformar o homem de um dia para o outro, também não conseguiremos transformar a sociedade tão rapidamente. Mas desde já, é importante adquirirmos consciência critica e reflexiva em relação ao mundo em geral, e nisso destacamos o principal papel  que a escola exerce (ou deveria exercer), que é o de ser responsável pela formulação de novas e questionadoras ideologias.
             Os mestres da educação, os alunos, a família, o sistema educacional, devem desde já, buscar da melhor maneira exercer esse tão belo papel, para que nossos jovens não cresçam sustentados em pilares de decadência, para que sejamos um dia homens e mulheres construtores de um novo mundo.
(Marina Calisto Alves)

Nossa Equipe



*Eliane de Souza, 2º ano Reporter e Fotografa
*Deuzilene Cavalcante, Professora Orientadora.
*Marina Calisto Alves, 2º ano, Diretora de Redação.
Marcilio Pereira, 3º ano, Diretor de Marketing.
*Benigna Santa Negreiros, 2º ano, Diretora chefe do jornal.
*Naiara Diogenes, 1º ano, Diretora de Cultura.